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DA:       FEDERAÇÃO DOS BANCÁRIOS DE AL/PE/RN

PARA:   SINDICATOS DE BANCÁRIOS FILIADOS   

REF: INFORME DA FEEB AL/PE/RN – Nº 146-2021 – DE 15/09/2021


MERCADO JÁ PREVÊ CRESCIMENTO DO PIB ABAIXO DE 1% EM 2022  -  Derreteram rapidamente as projeções de bancos e consultorias para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e já há apostas de alta de apenas 0,4% em 2022. Não está descartada a possibilidade de uma pequena recessão no rastro do aperto maior de juros que o Banco Central está tendo que fazer para debelar a inflação. O cenário de esfriamento da atividade econômica é uma ducha de água fria para o presidente Jair Bolsonaro, que já esperava chegar no ano eleitoral com a retomada do crescimento do PIB em franca recuperação. Essa segunda onda forte de revisão das previsões de PIB foi puxada pelo Itaú Unibanco que cortou numa tacada um ponto porcentual da sua estimativa de crescimento para 2022, de 1,5% para 0,5%.A consultoria MB Associados, com larga experiência no acompanhamento do “Brasil real”, foi ainda mais agressiva no corte da previsão do PIB, que passou de 1,4% para 0,4%. A XP Investimentos reduziu de 1,7% para 1,3% o crescimento, e o Banco BV de 1,8% para 1,5%. Na última segunda, o BTG já tinha reduzido a previsão para o próximo ano de 2,2% para 1,5% porque espera juros mais altos, por volta de 8,5%, para reduzir a inflação. Se a taxa Selic subir além de 8,5%, o BTG avalia que terá que reduzir mais uma vez o crescimento de 2022.Varejo - O consumo das famílias continua estagnado e tem sido reprimido por causa do aumento dos preços. Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 3/4/2020 O Santander também está em processo de revisão do PIB, com projeção nova marcada para sair na quinta-feira. O banco está com uma estimativa atual de alta de 2%, que deve cair. Na segunda-feira, a pesquisa Focus do BC (feita com os analistas do mercado financeiro), apontava uma alta do PIB mais próxima de 2%, em 1,72%. Pressionado pelo mercado e pelo governo com a disseminação e persistência da inflação, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que vai levar a Selic aonde for preciso para controlar a alta de preços, mas que não vai mudar o "plano de voo de política monetária" a cada número novo de alta frequência de inflação que for divulgado. “Não tem puxador de PIB. Não é fora de propósito uma pequena recessão no ano que vem. Não dá mais tempo para mudar”, disse ao Estadão o economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Associados. O diagnóstico é ruim: as exportações não vão aumentar mais, o crédito está pressionado pelos juros em alta, o consumo esfriando e os investimentos continuarão baixos. A agricultura, que teve crescimento no primeiro trimestre porque a safra de verão da soja foi muito boa, já não responde da mesma forma. Para complicar, a seca e três geadas num único mês piorou o quadro, que se juntam aos efeitos da crise hídrica e uma difusão da inflação acima de 70%. A previsão da MB para a Selic - que estava um pouco acima de 6% - agora é de 8,3%. Com a entrada da nova bandeira de energia em setembro, prevê Mendonça de Barros, o IPCA deve fechar em 1% no mês e no acumulado em 12 meses passar de 10%. ara Mendonça, o BC vem correndo “atrás da curva” (termo usado no jargão do mercado para dizer que está atrasado no processo de alta) desde o ano passado e vai agora puxar os juros para cima. Mendonça de Barros avalia que esse cenário é um “desastre” para os planos de reeleição do presidente Bolsonaro. “As agressões ao regime democrático maximizaram o efeito dos desarranjos fiscais e antecipou a eleição”, disse. Segundo o economista da XP Rodolfo Margato, o principal fator que levou a redução da estimativa de PIB para 1,3% foi o aperto da política de juros mais intenso para o controle da inflação. A XP elevou a expectativa de juros de 7,25% para 8,5%. “Essa alta corrói as condições de financiamento, o que pesa sobre os níveis de investimento e consumo, especialmente de bens duráveis”, explica Margato.Segundo a XP, o principal risco no seu radar para 2022 é a crise hídrica, já que o seu cenário-base não considera a ocorrência de racionamento no País. Os cálculos da corretora sinalizam que cada 10% de redução forçada no consumo de energia ao longo de um ano teria potencial de retirar até 1,2 ponto porcentual do PIB.“Para o próximo ano, tem uma elevação das incertezas sobre o desempenho da atividade econômica. Não dá para descartar uma recessão técnica”, disse Margato. O cenário básico da corretora estima crescimento de 0,3% do PIB no primeiro trimestre de 2022, seguido por expansão de 0,1% no segundo trimestre, queda de 0,2% no terceiro e crescimento de 0,2% no quarto trimestre. A deterioração adicional das condições políticas e fiscais, aumentando o grau de incerteza e reduzindo a liquidez da economia, também é um risco para a atividade. O cenário da XP indica uma probabilidade de 10% a 15% que a exclusão dos precatórios devidos pelo governo do teto dos gastos ocasione a exclusão também de outras despesas, como o Bolsa Família. A deterioração das perspectivas para a inflação piorou o quadro econômico e causou uma série de revisões no cenário também do banco BV (ex-Banco Votorantim). A projeção para o IPCA saltou de 7,7% para 8,2% em 2021 e de 3,6% para 3,8% em 2022. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, por sua vez, recuou de 1,8% para 1,5%.“Tínhamos a visão de que o dólar e as matérias-primas geravam choques temporários, mas mudamos a leitura a partir dos dados recentes de inflação”, afirma o economista-chefe do BV, Roberto Padovani. “A inflação de serviços acelerou pela reabertura, mas a de bens industriais continuou pressionada. Esse acúmulo de choques jogou o IPCA em um patamar próximo de 10%, e o nível importa.” A inflação acumulada no patamar atual, segundo Padovani, reforça os reajustes de contratos e gera uma inércia que contamina as expectativas para 2022 e 2023. Como a deterioração inflacionária deve exigir mais do Banco Central (BC), o BV elevou de 7,5% para 9,0% a projeção da Selic no fim do ciclo. A taxa de juros deve chegar a 8,5% no fim deste ano e atingir o patamar estimado na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2022.“O BC vai ter que subir os juros até 9,0%. O ritmo ele escolhe. Esse aperto monetário vai ser reforçado por uma piora nas condições financeiras, que nos fez mudar o cenário de crescimento em 2022 [de 1,8% para 1,5%]”, afirma o economista. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “rolagem de desgraça” o pessimismo de economistas e outros agentes em relação às medidas do governo. Ele disse que, não fosse o que ele chama de “barulho político”, o câmbio de equilíbrio no Brasil estaria hoje entre R$ 3,80 e R$ 4,20 - a moeda americana fechou hoje em R$ 5,26. “Esse dólar já era para estar descendo, mas barulho político não deixa descer. Não tem problema [dólar mais alto], mais tempo para exportações. O importante é continuar fazendo tudo certo”, afirmou, em evento promovido pelo BTG Pactual.

Fonte: Estadão



PLR SAFRA 2021: BANCO ANUNCIA DATA DO PAGAMENTO PARA 24/09  -  Além da manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, a categoria bancária terá este ano reajuste de 10,97% sobre salários, VA e VR, sobre as parcelas fixa e adicional e teto da PLR e demais verbas (13ª cesta, auxílio creche/babá, vale transporte, auxílio-funeral, requalificação profissional, entre outras). O reajuste corresponde à reposição da inflação (INPC entre 1º de setembro de 2020 e 31 de agosto de 2021) mais aumento real de 0,5%. PLR dos bancários é conquista A PLR dos bancários é uma conquista importante da categoria – junto do movimento sindical –, que foi a primeira a garantir esse direito em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Nacional, em 1995. Desde então, a PLR bancários passou por muitos ajustes e melhorias, resultando em valores cada vez maiores. Reajuste salarial dos bancários acima da inflação. Em 2021, a categoria bancária será uma das poucas no Brasil a conquistar reajuste acima da inflação este ano.“Merece ser ressaltada a importância da ratificação, em 2020, de um acordo de dois anos com reajuste acima da inflação em 2021, quando a alta de preços está prestes a atingir dois dígitos este ano. Também é fundamental que os bancários e bancárias saibam a importância de contar com um sindicato forte e representativo, mantido pelos sindicalizados, que asseguram o funcionamento da entidade”, afirma Flávio Monteiro Moraes, diretor do Sindicato de SP e bancário do Safra. “A organização da categoria bancária resultou no reajuste de 10,97%, garantido pelo acordo de dois anos, que assegurou também todas os direitos clausulados na CCT, e a PLR. Ainda enfrentaremos muitas lutas e ataques e, por isso, é fundamental contarmos com o apoio de todos os bancários e bancárias, por meio das sindicalizações, que tornam a entidade mais forte, representativa e combativa”, finaliza Flávio.

Fonte: Notícias Feeb Pr



BANCÁRIA RECEBERÁ PERICULOSIDADE POR TRABALHO EM EDIFÍCIO DO ITAÚ  -  A Justiça do Trabalho mineira reconheceu o direito de uma bancária ao recebimento do adicional de periculosidade, já que ela trabalhava no 10º andar de um edifício que continha, em seu subsolo, mais de três mil litros de líquidos inflamáveis. A sentença é do juiz Frederico Leopoldo Pereira, titular da 1ª Vara do Trabalho de Alfenas-MG.A autora da ação foi bancária em Carmo do Rio Claro/MG e em São Paulo/SP, sendo que nesta cidade, onde permaneceu de março de 2012 a agosto de 2017, trabalhava no 10º andar de uma torre, em cujo subsolo eram armazenados mais de três mil litros de combustível, destinados principalmente aos geradores de energia elétrica. Ao reconhecer o direito da bancária ao adicional de periculosidade, o juiz se baseou na Orientação Jurisprudencial nº 385 da SBDI-1/TST, segundo a qual: “É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical”. Conforme ressaltado pelo magistrado, por se tratar de construção vertical, fica evidente que o risco abrange toda a edificação, o que gera o direito ao adicional de periculosidade independentemente de o trabalho ter ocorrido em distância inferior a sete e meio metros do local de armazenamento do combustível, como determina o anexo 2 da NR-16. O juiz observou que o fator de risco e a preocupação com a segurança eram tão relevantes que, a partir de janeiro de 2019, houve a transferência da casa de geradores para a área externa ao edifício. “Se a situação não fosse de risco, certamente não haveria essa mudança”, destacou na sentença. Tendo em vista a constatação do trabalho em condições perigosas, o magistrado condenou a instituição bancária a pagar à trabalhadora o adicional de periculosidade, previsto no artigo 7º, XXIII, da Constituição, e no artigo 193 da CLT, no importe de 30% do salário-base, com reflexos no décimo-terceiro, nas férias e seu terço e no FGTS.Em grau de recurso, a 10ª Turma do TRT mineiro deu provimento parcial ao apelo do banco para declarar prescritas as pretensões objeto da ação anteriores a 23/11/2013 e excluir as condenações impostas referentes ao intervalo de 01/11/2013 a 22/11/2013. Houve recurso ao TST, que está em análise. Processo PJe: 0010833- 77.2018.5.03.0086. Acesse o processo do PJe digitando o número acima.

Fonte: TRT 3ª REGIÃO - TRT3.JUS.BR



Cordialmente
João Bandeira – Presidente
Paulo André – Secretário Geral